
Orgias regadas com drogas, sadomasoquismo; nada detém a minha curiosidade,  nunca  fui tocada por ninguém a não ser por mim própria,  o corpo masculino nu sempre me  fascinou, quando na Tv mostra algo de nudez  o meu pai muda de canal sem pestanejar.
Ainda não pensei como será a minha primeira vez, nem quero pensar muito nisso, só quero  viver  e se puder guardar para sempre esse lindo momento,  para relembrar em todos os momentos tristes da vida!  Eu acho que ele podia ser o tal…
Segunda parte! 
As suas mãos estavam apoiadas na porta e os músculos dos braços estavam tensos, dava para senti-los, fortes sob as minhas mãos que o acariciavam e percorriam seu corpo,  Depois segurou  o meu rosto entre as mãos, afastou-se da minha boca e perguntou-me baixinho:
- Tu queres mesmo?
No quarto dele, completamente desarrumado, era evidente que tinha acordado há pouco. Na parede, uns posters de carros e mulheres semi-nuas. Na mesinha-de-cabeceira, uma foto
dele quando criança que eu reparei e toquei com um dedo.  Ele deitou
a moldura dizendo que não era para eu olhar.
Deitei-me sobre a cama dele, cheirava a homem, estava nervosa, olhava para os meus braços brancos e imaculados que brilhavam com os raios que passavam pela janela. Ele começou a 
Beijar-me no pescoço e foi descendo mais para baixo, até os seios e depois até ao meu Segredo. 
- Porque não te depilas? 
- Porque não, respondi no mesmo tom de voz.
- Vamos apagar a luz, diz-me ele! 
 Chegou alguém com um pano na mão. Virou-me de costas e vendou-me
com o lenço, girou-me de volta para ele e exclamou a rir-se:
- És uma deusa amor.
Ouvi o interruptor da luz dar o seu clique e depois não consegui ver mais nada.
Percebi passos e sussurros, depois duas mãos baixaram as minhas calças, tiraram-me o
sutiã. Fiquei de fio-dental, meias altas e botas de salto agulha. Podia
me imaginar vendada e nua, imaginava no meu rosto apenas os lábios que dentro em pouco
iriam saborear alguma coisa deles.
De repente as mãos aumentaram, e agora eram quatro. Era fácil distinguir
porque duas estavam em cima, apalpando os meus seios, e duas em baixo, roçando  o meu
sexo.  Conseguia sentir o cheiro a álcool e haxixe . Cada vez mais dominada por aquelas mãos, começava-me a excitar, senti, atrás, o contacto de um objecto gelado, um copo. As mãos continuavam me a tocar, mas o copo esmagava a pele com mais força. Assustada, perguntei:
- Que é essa merda?
Uma risada no fundo e depois uma voz desconhecida:
- Sou o teu barman, tesouro. Não te preocupes, eu só estou a trazer uma bebida para
ti. Aproximou o copo da minha boca e engoli devagar um pouco de licor de uísque.
Lambi os lábios e uma outra boca beijou-me com paixão, enquanto as mãos continuavam a me acariciar e o barman me dava bebida. Um quarto homem estava-me a beijar.
- Que rabo bom que tu tens... - dizia uma voz desconhecida. - Macio,
branquinho, dura. Posso dar uma mordidela?
-  Só quero saber uma coisa: quantos vocês são?
- Fica  tranquila, amor - disse uma voz nas minhas costas. E senti uma língua
lambendo as vértebras da minha espinha. Agora a imagem que eu tinha de mim era mais
sedutora: vendada, seminua, cinco homens que me lambem, acariciavam-me,  mordiam-me
 excitam-me todo o meu corpo. Eu estava no centro das atenções e eles faziam comigo
tudo o que era permitido na câmara dos desejos. Não se ouvia uma voz, só suspiros e
carícias.
E quando um dedo se enfiou  devagar no meu Segredo senti um repentino
calor e compreendi que a razão me estava abandonar. Estava rendida ao toque das
mãos deles e sentia  bem viva a curiosidade de saber quem eram, como eram. E se o
prazer fosse fruto das acções de um homem feio e babão? Naquele momento, eu não me
importava.
Na minha boca começaram a passar cinco gostos diferentes , cinco sabores de cinco homens. Cada sabor com sua história. Durante aqueles momentos, tive a sensação e a ilusão de que o prazer não era só carnal, que era beleza, alegria, liberdade. E estando nua no meio deles senti que pertencia a um outro mundo, desconhecido.. 
Um pénis entrava na minha boca agora ouviam-se lamurias de prazer e um liquido era libertado na a minha boca. E quando um terminava, o outro descarregava em cima de mim o
seu esperma esbranquiçado. E os outros também. Suspiros, lamentos e grunhidos. E lágrimas silenciosas.
Voltei para casa cheia de esperma, com a maquilhagem toda borrada, e minha mãe  esperava-me a dormir no sofá.
Entrei na casa de banho, olhei-me no espelho, vi olhos tristes,  o lápis preto escorrendo
pelo rosto  miserável. Vi uma boca que tinha sido violentada
diversas vezes naquela noite e que tinha perdido o seu frescor. Sentia-me invadida,
emporcalhada por corpos estranhos.
Pequei no Diário e comecei a escrever com a vagina que, ainda agora, quando escrevo no meio da noite, cheira a sexo.
Rikardo Ramos Imaginarium!