sábado, 28 de maio de 2011

Facebookamos

O facebook é assim uma forma de partilhar gostos, ideias, experiências, brincadeiras. Serve para conhecer melhor os nossos amigos, para nos surpreendermos, para trocar boas recordações e para viver em conjunto. Uma forma de sair do nosso pequeno mundo de todos os dias.

ou


Uma forma de nos fingirmos quem não somos. Serve para marcar distâncias e gozar sem ser gozado. Uma feira de vaidades e invejas. Parece que nos aproxima dos outros, mas não nos deixa ver para lá do nosso pequeno mundo de todos os dias.

Eu que andei tantas vezes á porrada na escola, nunca puseram os meus "fights" no facebook!

Live forever!


Still Life: An Allegory of the Vanities of Human Life - Harmen Steenwijk

Ouvi em tempos alguém contar certa história sobre a guerra e sobre como um comandante exortava os seus homens a avançarem com ele em direcção à frente de combate. Usava a seguinte frase: "Que se passa convosco? Querem viver para sempre?" Tinha razão: ninguém vive para sempre... mas gostaria de viver o maior tempo possível. É assim que pensa quase toda a gente, por certo. A morte é o fim da vida, desta vida...

As tartarugas vivem centenas de anos; os cães uma dúzia deles; as moscas algumas semanas apenas. Cada ser vivo tem uma esperança de vida mais ou menos fixa e salvo imprevisto, cumpre-a. No entanto, imprevistos à parte, não há espécie em que a duração do tempo de vida seja tão heterogénea como o ser humano. Quanto tempo devemos viver? Enquanto o corpo aguentar? Enquanto a mente estiver sã? 60 anos? 70, 80 ou 100 anos?

E depois é olharmos para os velhos sentados a verem o tempo passar, a jogarem às cartas, a viajarem em excursões, a verem a sua mente a esvair-se ou, pior, a assistirem lúcidos à traição do seu corpo. Falam constantemente do passado porque já não conseguem viver o presente. Para alguns há tanta coisa para fazer e para aprender que o tempo parece não chegar - quanto mais alto se sobe mais a vista alcança; outros julgam que já aprenderam tudo e passam o resto da vida a falar das mesmas coisas, de coisas que já lá vão. Sei bem o que digo.

Nas culturas não ocidentais a morte sempre fez parte da vida e por isso sempre foi encarada de um modo diferente. Para os Samurais, por exemplo, morrer em combate era um fim sublime - acabar no apogeu da vida, na perfeição; evitar o espectáculo triste do atleta em fim de carreira que se arrasta até mais não poder para acabar numa retirada humilhante. E, sendo assim, já que sabemos que não vivemos para sempre, como os Deuses, porque não podemos escolher quanto tempo queremos viver? Feitas as contas, se calhar a esperança média de vida não sairia muito diferente...

As lucubrações fantasiosas que me levaram a escrever este post ocorreram-me ao ouvir
The Queen - Who wants to live forever? como diria Bocage, me senti mais pachorrento...

terça-feira, 17 de maio de 2011

Infâncias



De acordo com os reguladores e burocratas de hoje todos nós os sortudos que nasceram nos anos 60 , 70 e 80 não devíamos ter sobrevivido porque as nossas caminhas de bebé eram pintadas com cores bonitas em tinta à base de chumbo que nós muitas vezes lambíamos e mordíamos. Não tínhamos frascos de medicamentos com tampas "à prova de crianças" ou fechos nos armários e podíamos brincar com as panelas. Quando andávamos de bicicleta não usávamos capacetes e os nossos joelhos contavam historias menos felizes.

Em pequenos viajávamos em carros sem cintos e airbags - viajar à frente era demais! Bebíamos água da mangueira do jardim e não da garrafa e sabia bem. Comíamos batatas fritas, pão com manteiga e bebíamos gasosa com açúcar, mas nunca engordávamos porque estávamos sempre a brincar lá fora. Partilhávamos garrafas e copos com os amigos e nunca morremos disso. Passávamos horas a fazer carrinhos de rolamentos e depois andávamos a grande velocidade pelo monte abaixo, para só depois nos lembrarmos que nos tínhamos esquecido de montar uns travões. Depois de acabarmos num silvado aprendíamos...

Saíamos de casa de manhã e brincávamos o dia todo desde que estivéssemos em casa antes de escurecer. Estávamos incontactáveis e ninguém se importava com isso. Não tínhamos PlayStation nem X Box, nada de 40 canais de televisão, filmes de vídeo, home cinema, telemóveis, computadores, DVD, chat na Net... Tínhamos amigos e se os quiséssemos encontrar íamos à rua.

Jogávamos ao elástico e a bola e nunca nos cansavamos! Caíamos das árvores, cortávamo-nos e até partíamos ossos mas sempre sem processos em tribunal. Havia lutas com punhos mas sem sermos processados. Batíamos às portas de vizinhos e fugíamos e tínhamos mesmo medo de sermos apanhados. Íamos a pé para casa dos amigos. Acreditem ou não íamos a pé para a escola, não esperávamos que a mamã ou o papá nos levassem. Criávamos jogos com paus e bolas. Se infringíssemos a Lei era impensável os nossos pais nos safarem, eles estavam do lado da Lei.

Esta geração produziu os melhores inventores e desenrascados de sempre. Os últimos 50 anos têm sido uma explosão de inovação e ideias novas. Tínhamos liberdade, fracasso, sucesso e responsabilidade e aprendemos a lidar com tudo...




A maioria dos da rapaziada de hoje nasceram... Chamam-se jovens. Nunca ouviram em pastilhas Gorilla, conhecem o Noddy e não a Cinderella. Nunca ouviram falar de Jimu Hendrix , Pink Floyd ou The Doors. Para eles sempre houve uma Alemanha e um Vietname. A SIDA sempre existiu. Os CD's sempre existiram. O Michael Jackson sempre foi branco. Não conseguem imaginar a vida sem computadores. Não acreditam que houve televisão a preto e branco....

Pah eu acredito! talvez um dia isto mude!

domingo, 15 de maio de 2011

Diários



O DIÁRIO DELA

No Sábado à noite ele estava estranho, já o tinha visto estranho mas não tanto assim.
Combinámos encontrarmo-nos no bar para tomar um copo.
Passei a tarde toda nas compras com as minhas amigas e pensei que pudesse ser por minha culpa, porque me atrasei um bocadinho, mas ele não fez grandes comentários sobre isso. A conversa não estava muito animada, de maneira que pensei em irmos a um lugar mais íntimo para podermos conversar mais em privado.
Fomos a um restaurante e ele AINDA a agir de modo estranho. Tentei animá-lo e comecei a pensar se seria por minha causa ou outra coisa qualquer. Perguntei- lhe, e ele disse que não era eu. Mas não fiquei muito convencida. No caminho para casa, no carro, disse-lhe que o amava muito e ele limitou-se a pôr-me braço
por cima dos ombros. Não sei que raio quis dizer com isso, porque não disse que me amava também, nem nada, e estava a ficar mesmo preocupada. Finalmente chegámos a casa e eu já estava a pensar se ele me iria deixar! Por isso tentei fazê-lo falar, mas ele ligou a televisão, e sentou-se com um olhar distante que parecia estar a dizer-me que estava tudo acabado entre nós. Por fim, embora relutante, disse que me ia deitar. Mais ou menos 10 minutos depois ele veio também e, para minha surpresa, correspondeu aos meus avanços e fizemos amor. Mas ainda parecia muito distraído, e depois quis confrontá-lo e falar sobre isso, mas comecei a chorar e chorei até adormecer. Já não sei o que fazer. Tenho quase a certeza que ele tem alguém e que a minha vida é um autêntico desastre.

O DIÁRIO DELE

O Benfica empatou. Mas dei uma queca

Sacana!

Fodasse hoje acordei para falhar o meu dia, ou será que já nasci destinado a falhar na vida?

terça-feira, 3 de maio de 2011

Falhas



Pah o que me fode na vida são as perguntas estupidas e actos igualmente estupidos.
Odeio:

Quando me vêem deitado, de olhos fechados, na minha cama, com a luz apagada e perguntam:
- Estas a durmir?
- Não. – Estou a treinar para morrer!

Quando me ligam para casa e perguntam:
- Onde estás ?
- No Pólo Norte! Um furacão levou a minha casa para lá!

Acabo de tomar banho e alguém pergunta:
- Tão acabaste de tomar o teu banho?
- Não! Dei um mergulho na sanita!

Quando está chover e percebem que vou encarar a chuva, perguntam:
- Vais sair nesta chuva???
- Não, vou sair na próxima…

Outras vezes começo a fumar e alguem pergunta:
- Hey! Mas tu fumas?
- Não, eu gosto de bronzear os meus pulmões.

O arbito mostra cartão vermelho ao jogador. E alguem pergunta pergunta:
- Ele está a expulsar o jogador?
- Não, ele quer saber se ele é daltônico.

Tambem ja me aconteceu ir andar pela rua e cair, algum sujeito que vai ao meu encontro e pergunta:
- Caiu?
- Não! Eu gosto de me mandar aos tombos!

Garçom pergunta para o casal na mesa:
- É para dois?
- Não, eu vou comer e ela vai ficar a olhar para mim.


As vezes também eu sou estupido, em Fátima ví uma mulher a subir escada de joelhos para pagar uma promessa. Perguntei:
- A senhora está a pagar uma promessa?
- Não, não! É que eu adoro subir escadas de joelhos!

Odeio ainda:


Os que conduzem com o braço de fora, oculos de sol e mascam pastilha elastica com a boca aberta.
Os que têm um autocolante no vidro traseiro que diz "Deus te dê o dobro do que me desejas"
Os que conduzem de vidros abertos para que todos possam partilhar da música maravilhosa que as suas aparelhagens debitam volumosamente
Os que fazem pisca quando ultrapassam (?) uma bicicleta
Os que conduzem de chapéu de clubes
Os que costumam dizer: "tão chavalo?! tudo bem?" Chavalo (?) fodasse...
Os que não sabem ver futebol calados e discordam de tudo.
Os que metem fotos a mostrar a zona abdominal e colocam no facebookamos!


As que fazem sinais de aspas com os dedos
As que ouvem o relato no carro no domingo à tarde
As que mudam o género ao grama (Dê-me duzentas gramas de fiambre se faz favor...)
As que perguntam às crianças se são do Sporting, do Benfica ou do Porto
As que conduzem com o chapéu na cabeça (esta já tinha dito)
As que vêm contra nós e têm os mesmos reflexos
As que têm a mania de esconder o decote quando desconfiam que estou a olhar, quando na verdade não estou.
As que têm uma grande colecção de qualquer coisa (as piores são as de discos)
As que nos ignoram quando estamos à espera que nos atendam. (PUTAS)
As que começam uma conversa ao telefone dizendo: Está? Quem fala?
As que começam uma conversa ao telemóvel dizendo: Onde estás?
As que têm a mania que percebem de automoveis mas não sabem mudar uma roda

Eu bem digo que mereço o céu!

domingo, 1 de maio de 2011

Ainda sobre a sedução




Os jogos de sedução são iniciados quase sempre pelas mulheres, mas elas preferem deixar que os homens acreditem que a iniciativa foi deles, atitude típica que tem como objectivo atrair a pessoa desejada. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, os jantares românticos não são a melhor opção para garantir o êxito da relação a dois, devendo-se apostar num programa que potencie a partilha de emoções fortes, como um concerto de música ou uma ida ao cinema. Acredita-se que a mulher desencadeia o processo de sedução em três de cada quatro casos quando olha e sorri. "Mas como é o homem quem se aproxima, acredita que foi ele que iniciou o jogo de sedução, quando na realidade foi a mulher que o escolheu e o convidou para vir ao seu encontro", defende a especialista em sedução Miren Larrazábal, que há mais de uma década ensina a homens e mulheres truques para seduzir.
"A sedução é um estilo de comunicação que pretende que as pessoas se interessem por nós, se sintam à vontade ao nosso lado e descubram que gostariam de estar muitas vezes connosco", que está muito para além da beleza física, referiu.

Como forma de comunicação, tem na auto-estima um dos pré- requisitos básicos e usa linguagem verbal e corporal, onde o olhar, o sorriso, a voz e a postura são determinantes.

Num primeiro contacto, que pode ser apenas de alguns minutos e onde não há tempo para "discutir filosofia" com a pessoa desejada, há que apostar tudo num olhar, aconselha a sexóloga.

Partilhar uma emoção forte no primeiro encontro é, segundo Miren Larrazábal, garantia quase certa de sucesso, já que vários estudos defendem que a comunhão de emoções intensas com a pessoa que se pretende atrair aumenta a probabilidade de que essa pessoa se sinta atraída.

Por isso, para um primeiro encontro, a especialista desmistifica a ideia do jantar romântico e aconselha uma ida ao cinema, a um espectáculo ou um concerto.

"Depois pode-se ir a um restaurante, mas primeiro é preciso assegurar a partilha de uma emoção, quanto mais intensa melhor", sublinha.

O trabalho de Miren Larrazábal, assenta no princípio de que todas as pessoas nascem sedutoras e com capacidades inatas para seduzir, capacidades que, por vezes, é preciso reaprender.

"Em bebés a nossa capacidade de sedução está no máximo, mas, no decorrer da socialização, a escola, os pais e a própria sociedade vão-nos cortando a auto-estima e inibem a nossa capacidade inata para seduzir", refere a sexóloga.

No caso de pessoas que estão há largos anos juntas e já deixaram de se cortejar, o objectivo é recuperar "a magia de seduzir- se", diz Miren, que aponta uma mudança de atitude como o primeiro passo nesse sentido.


Manter uma imagem cuidada e mostrar interesse pelo outro são outras formas para manter o parceiro apaixonado, defende a psicóloga, que refere que as mulheres são seduzidas pelos elogios à beleza enquanto os homens gostam de se sentir admirados profissionalmente.

O facto de um homem partilhar as tarefas domésticas é igualmente muito sedutor para as mulheres, acrescenta.

Escolher datas especiais para mostrar ao companheiro o quanto se gosta dele, como o Dia dos Namorados, a 14 de Fevereiro, é também uma mais-valia para a relação, porém a sexóloga alerta para a necessidade de seduzir constantemente.

Telefonar a meio da tarde a dizer ao companheiro que se pensa nele, deixar um bilhete ou convidá-lo para um banho a dois, são outros instrumentos simples da sedução, que tem no sentido de humor um aliado precioso.

Miren sublinha que a sedução não tem apenas um objectivo sexual ou de procurar parceiro, mas aplica-se diariamente no trabalho, com os amigos e nas relações interpessoais em geral.

"Muita gente liga a sedução ao sexo ou ao engate e por isso julgam não precisar destes conselhos porque já têm par, mas a sedução é sentir-se bem com outra pessoa e serve para tudo na vida", defende, referindo que mesmo com estas técnicas haverá sempre quem não se deixe seduzir ou aproximar.

"Há que aplicar a média. Dos seis mil milhões de pessoas no mundo, três mil milhões gostarão de nós e outros três mil não", diz.

Reconhece que há diferenças culturais que facilitam a sedução e que quanto mais "quente, expressivo e sensual" for o povo mais sedutor se torna.

Quanto às diferenças entre portugueses e espanhóis, Miren Larrazábal diz que os portugueses beneficiam do tom melodioso da voz, mas são mais inibidos que os espanhóis na linguagem corporal.

Intersante? completamente...