terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ás vezes



gostava de ser outra pessoa, para me poder apaixonar por mim própria.

Eva Ramos

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Porque o céu pode esperar...



Esperei meia hora ,avaliando entretanto as condiçoes do apartamento, lixo, garrafas partidas, roupa suja, comida entornada, paginas de livros rasgadas, cinzeiros a transbordar, o caixote da cozinha virado, nem um único prato restava lavado.

E pensei;

O desespero é quando se vê a derrota para la de toda a esperança da vitoria.
Talvez sei la podia muito bem depois de ver isto obter uma hipotse de redenção, começar a frequantar um grupo de “desesperados anonimos” ou algo do genero, e tudo que teria de fazer era, viver o resto da minha vida com um sorriso parvo na cara, casar, ter filhos leva-los á escola, ganhar mais de quarenta mil euros anuais e so pensar em dinheiro, ter uma casa grande com varias divisoes, começar a levar a vida demasiado seria, deixar de sair á noite, começar a vestir fato e gravata a condizer, pedir para baixar o volume da musica, ser politicamente correcto e ate deixar a minha guitarra apanhar pó.
Tornarme num chato, deixar de durmir ao relento, ficar invejoso quando o vizinho tem um carro novo e eu não, deixar de me sentar nos colo das minhas amigas, esquecer-me de como se faz um avião de papel, fazer as minhas oraçoes nocturnas, ir á missa na pascoa e no Natal, ama falsamente as pessoas e as merdas co costume.
E quando finalmente me perguntarem se fui boa pessoa;

Responderei – Sim fui um anjo…. Sem asas

Penso seriamente que o inferno é um cinzeiro e eu (nos) sou apenas o cigarro que arde lentamente.

Mas tenho “fé” que consiga entrar no céu pelas traseiras, pensam que não concigo subornar ninguém lá em cima?

Rik

sábado, 9 de outubro de 2010

Solidão das noites


Ao fim do dia, houve uma troca de palavras oleosas.
Entrou no meu quarto durante a madrugada. Eu sabia que ele sabia que eu estava acordada, assim, não me incomodei a fingir que estava a dormir. A lua estava alta, uma petala de honestidade solitaria, lançando uma pequena luz que se fazia entrar pela janela.
O porto adormecido, a colina, a varanda, a terracota, a colcha com franjas de seda, os meus braços nús. Os seus olhos eram estilhaçados e fundos. Teria sido agradavel para mim que que a cama tivesse emitido algum som tolo quando ele se sentou nela, (algum boing ou toing), mas o colchão era solido e silêncioso.
Suspirei, as vezes a melhor coisa a fazer é suspirar, expulsa o ar do pulmoes e alivia a dor do coração, o luar jazia sobre a minha cara como um véu frio.


E adormeci assim... ouvindo o piano celestial caindo pelas escadas do céu.
No silencio que se seguiu - a respiraçao compassada do sono

Rik in Solitude

domingo, 3 de outubro de 2010

Há noites assim



Causas-me insónias.

As vezes conto numeros para adormecer, não adormeço mas descubro numeros incriveis.

Yah Right