quarta-feira, 27 de julho de 2011

Sobre a vida




Deus nunca disse que a vida seria fácil.

Ele simplesmente prometeu que valeria a pena.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ainda sobre os Felinos



Não se trata de um "endeusamento" dos gatos. Pelo contrário. O eco que transita, sem perder força, é o da subserviência por parte deles. Os cínicos e misteriosos felinos estariam ao nosso serviço por serem meros existencialistas? Os revestidos por uma terna pelagem estariam propensos à obediência? A máxima “dar para receber” faz-nos duvidar, destes seres egoistas mas que não deixamos nunca de amar. Estabelecemos uma relação afetiva, supostamente, mútua. Até o mais cético reconheceria a correspondência por parte deles. Romantistas de noites mal dormidas romperiam com esse mito.
Domesticados, são autenticos poetas que sem expreção facial que observam tudo e todos com o maximo de atenção, são tratados, cuidados, bajulados, e retribuem com desprezo. Felinos são enigmáticos. Divertidos. Por mais equivocado que pareça, não nos dão a mínima bola.
No ínfimo dos cuidadosos e flexíveis rastros, sustentam um detalhado e minucioso estudo sobre a raça humana. E, por vezes, percebo que manifestam uma sensação de perda de tempo. Como se a humanidade fosse um objeto trivial, pífio, fútil, banal, ordinário, vulgar, medíocre – e mais alguns adjetivos refletores da raça humana que nao vou perder tempo em mencionar.
Nossas ciências positivistas, vãs filosofias, artes subjetivas e literaturas líricas devem ser, para eles, uma piada de mal gosto. São inteligentes de mais para perderem tempo com coisas vãs! Às vezes, entre meia e cheia tijela de chá, observo um deles a desatar uma bola de lã. No entanto, acredito que o traiçoeiro está a estruturar uma nova teoria que nos possa ultrapassar, de proporções que Freud com a boca aberta. Algumas bibliotecas empregam gatos. Em troca de ração, eles respeitam o silêncio e atribuem um teor lúdico ao estabelecimento.Exótico: os cautelosos e introspectivos felinos vagueando pelas estantes de livros, recebendo uma ou outra carícia dos leitores.
Termino por aqui a minha opinião sobre estes seres tão inspiradores!

segunda-feira, 4 de julho de 2011




Força que nos permite aguentar, acreditar, amar, ser felizes apesar de tudo. A falta dela tira-nos o golpe de asa para percebermos o sentido verdadeiro da vida. Ao contrário do que se pensa, ter fé é muito mais difícil do que não a ter. Dá-nos segurança, felicidade, uma rede para as quedas abruptas que todos experimentamos, mas exige-nos uma entrega total, a dedicação que precisamos para ser humanos, a força de nos fazermos maiores que nós.

ou

Forma de desistir, de deixar de acreditar no aqui para passar a sonhar com um além ilusório. Ter fé é cair na tentação fácil de acreditar numa entidade protectora e paternal que nos protege, mesmo quando não merecemos. Radica na ignorância, na preguiça, na obsessão, na falta de coragem para assumir a falta de sentido ou para assumirmos a necessidade de criarmos um sentido para nós próprios, não uma qualquer doutrina pré-fabricada e formatada por milénios de ilusões.