domingo, 1 de maio de 2011

Ainda sobre a sedução




Os jogos de sedução são iniciados quase sempre pelas mulheres, mas elas preferem deixar que os homens acreditem que a iniciativa foi deles, atitude típica que tem como objectivo atrair a pessoa desejada. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, os jantares românticos não são a melhor opção para garantir o êxito da relação a dois, devendo-se apostar num programa que potencie a partilha de emoções fortes, como um concerto de música ou uma ida ao cinema. Acredita-se que a mulher desencadeia o processo de sedução em três de cada quatro casos quando olha e sorri. "Mas como é o homem quem se aproxima, acredita que foi ele que iniciou o jogo de sedução, quando na realidade foi a mulher que o escolheu e o convidou para vir ao seu encontro", defende a especialista em sedução Miren Larrazábal, que há mais de uma década ensina a homens e mulheres truques para seduzir.
"A sedução é um estilo de comunicação que pretende que as pessoas se interessem por nós, se sintam à vontade ao nosso lado e descubram que gostariam de estar muitas vezes connosco", que está muito para além da beleza física, referiu.

Como forma de comunicação, tem na auto-estima um dos pré- requisitos básicos e usa linguagem verbal e corporal, onde o olhar, o sorriso, a voz e a postura são determinantes.

Num primeiro contacto, que pode ser apenas de alguns minutos e onde não há tempo para "discutir filosofia" com a pessoa desejada, há que apostar tudo num olhar, aconselha a sexóloga.

Partilhar uma emoção forte no primeiro encontro é, segundo Miren Larrazábal, garantia quase certa de sucesso, já que vários estudos defendem que a comunhão de emoções intensas com a pessoa que se pretende atrair aumenta a probabilidade de que essa pessoa se sinta atraída.

Por isso, para um primeiro encontro, a especialista desmistifica a ideia do jantar romântico e aconselha uma ida ao cinema, a um espectáculo ou um concerto.

"Depois pode-se ir a um restaurante, mas primeiro é preciso assegurar a partilha de uma emoção, quanto mais intensa melhor", sublinha.

O trabalho de Miren Larrazábal, assenta no princípio de que todas as pessoas nascem sedutoras e com capacidades inatas para seduzir, capacidades que, por vezes, é preciso reaprender.

"Em bebés a nossa capacidade de sedução está no máximo, mas, no decorrer da socialização, a escola, os pais e a própria sociedade vão-nos cortando a auto-estima e inibem a nossa capacidade inata para seduzir", refere a sexóloga.

No caso de pessoas que estão há largos anos juntas e já deixaram de se cortejar, o objectivo é recuperar "a magia de seduzir- se", diz Miren, que aponta uma mudança de atitude como o primeiro passo nesse sentido.


Manter uma imagem cuidada e mostrar interesse pelo outro são outras formas para manter o parceiro apaixonado, defende a psicóloga, que refere que as mulheres são seduzidas pelos elogios à beleza enquanto os homens gostam de se sentir admirados profissionalmente.

O facto de um homem partilhar as tarefas domésticas é igualmente muito sedutor para as mulheres, acrescenta.

Escolher datas especiais para mostrar ao companheiro o quanto se gosta dele, como o Dia dos Namorados, a 14 de Fevereiro, é também uma mais-valia para a relação, porém a sexóloga alerta para a necessidade de seduzir constantemente.

Telefonar a meio da tarde a dizer ao companheiro que se pensa nele, deixar um bilhete ou convidá-lo para um banho a dois, são outros instrumentos simples da sedução, que tem no sentido de humor um aliado precioso.

Miren sublinha que a sedução não tem apenas um objectivo sexual ou de procurar parceiro, mas aplica-se diariamente no trabalho, com os amigos e nas relações interpessoais em geral.

"Muita gente liga a sedução ao sexo ou ao engate e por isso julgam não precisar destes conselhos porque já têm par, mas a sedução é sentir-se bem com outra pessoa e serve para tudo na vida", defende, referindo que mesmo com estas técnicas haverá sempre quem não se deixe seduzir ou aproximar.

"Há que aplicar a média. Dos seis mil milhões de pessoas no mundo, três mil milhões gostarão de nós e outros três mil não", diz.

Reconhece que há diferenças culturais que facilitam a sedução e que quanto mais "quente, expressivo e sensual" for o povo mais sedutor se torna.

Quanto às diferenças entre portugueses e espanhóis, Miren Larrazábal diz que os portugueses beneficiam do tom melodioso da voz, mas são mais inibidos que os espanhóis na linguagem corporal.

Intersante? completamente...

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