sexta-feira, 2 de novembro de 2012
A minha Avó
A minha avó foi a primeira pessoa a dar-me banho. A minha avó era a mais linda de todas a velhinhas lá da terra, mas ela pouco se importava com isso, além de andar sempre de preto e ligeiramente curvada, não ligava nenhum para as modas disto ou daquilo. Não sabia ler e culpava a professora que a pisava toda de porrada.
Lembro-me de insistir sempre para eu aceitar aqueles vinte escudos, que eu gastava logo em pastilhas gorila. Passava horas a ouvir contar as suas histórias e nunca me cansei de a ouvir. A minha avó não me viu ir á tropa, nem ir para a faculdade, não se lembra da minha namorada, mas sei que ela se orgulhou sempre de mim.. Raramente via televisão e chorava imenso com saudades dos seus 10 filhos que criou e ainda assim nunca lhe notei sinais de cansaço. A minha Avó Idalina era como eu; cheia de defeitos e lapsos com vontade permanente de os aperfeiçoar mas por vezes já sem forças para tentar.
A minha avó sempre vestida de preto foi um anjo, porque sei que há anjos que não são brancos.
Até sempre Avó
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
Buon giorno principessa
Ao contrário de outras mulheres, admiras a personalidade empreendedora das mulheres. Desprezas a sua vaidade, mas admiras justamente a sua beleza, ousadia, agilidade e poder numa relação frenética. Nunca, alguma vez, conheci alguém com um sentimento de êxtase tão forte que a levasse a uma relação afetiva com a roupa. Ainda assim gosto de subir à passerela contigo e desvendar os bastidores de um guarda-fatos só... contigo
Espero vivamente um dia poder correr o mundo contigo a meu lado, não tão depressa, mas vagarosamente o suficiente para te admirar em câmara lenta, como sempre gosto de fazer
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Oscar Wilde: o amor que não ousa dizer o seu nome
Estamos no ano de 1900. Sebastian Melmoth percorre a cidade de Paris em andrajos. Está triste, desolado e sobretudo pobre. As parcas condições financeiras não lhe permitem voltar à sua verdadeira paixão de sempre: a escrita. Viciado em absinto, Sebastian morre subitamente num quarto de hotel barato a 30 de Novembro. Acabava de morrer um dos mais brilhantes escritores de sempre: Oscar Wilde.
«O Progresso é a realização das Utopias»
Filho de um médico, Sir William Wilde, e de uma poetisa e jornalista, Jane Francesca Wilde, Oscar Wilde nasce em Dublin, Irlanda, a 16 de Outubro de 1854. Fruto do ambiente intelectual de infância desenvolve cedo o gosto pelo estudo de obras clássicas gregas. Em 1874, Oscar recebe a medalha de Ouro no Colégio de Berkeley pelos seus excelentes resultados na disciplina de Língua Grega. Transfere-se para Oxford, onde a sua escrita poética começa a dar frutos. Ganha o prémio Newdigate pelo seu poema «Ravenna». Depois de concluir o curso em Estudos Clássicos, vai viver para Londres com o seu amigo Frank Miles, um pintor de retratos.
Em 1882 parte para os Estados Unidos da América como líder do movimento por ele criado: o Movimento Estético. Este movimento pretendia eleger o Belo como única solução contra o cinzentismo intelectual e social que a sociedade industrial e vitoriana evidenciava. A fama começava a surgir. Depois de uma produtiva viagem intelectual a Paris, Oscar Wilde casa-se com Constanze Lloyd em 1884. O casal muda-se para o bairro de Chelsea em Londres, tendo dois filhos.
Oscar Wilde é já um exemplo de elegância e glamour nos seus encontros sociais. É visto como um excêntrico, sedutor, usando roupas sofisticadas e ousadas para a época. É cada vez mais respeitado pelo meio literário inglês. Em 1891 escreve o seu único romance: «O Retrato de Dorian Gray», um dos mais aclamados livros da literatura inglesa. Rico, respeitado e famoso, Wilde vê o mundo à sua volta desabar quando se envolve afectivamente com o jovem Lord Alfred Douglas. Os rumores acerca da sua homossexualidade já circulavam por Londres, mas de modo subtil. O pai de Lord Alfred Douglas, o chamado Marquês de Queensberry, apercebe-se do sucedido e através da sua influência e poder instaura um processo em tribunal a Wilde. Na época Vitoriana, a homossexualidade era violentamente reprimida com pena de prisão.
Oscar Wilde está ciente de que este caso amoroso poderá arruinar-lhe a reputação e a consolidada carreira de escritor e tenta por todos os meios demover o marquês, processando-o por difamação. Sem sucesso. Novas provas são apresentadas, o caso espalha-se na opinião pública e o marquês leva mesmo Oscar Wilde a tribunal. É condenado a 2 anos de prisão com trabalhos forçados por “cometer actos imorais com diversos rapazes”.
Durante este período todos os seus bens são vendidos para pagamento de custas judiciais e os seus livros retirados das livrarias. O amor que Oscar sente por Lord Alfred Douglas ajuda-o a suportar a dolorosa estadia na prisão, mas a sua saúde ressente-se e a sua reputação é manchada irremediavelmente. Amargurado contra a injustiça mas servindo-se da paixão como combustível contra a escuridão existencial em que se encontra, Oscar escreve a célebre «Balada do Cárcere de Reading», a comovente «De Profundis», uma carta de amor dirigida a Lord Alfred Douglas e o visionário «A Alma do Homem sob o Socialismo».
estatua de Wild na Praça Merrion, Dublin
Com a saúde arruinada pelas degradantes condições da prisão e a alma negra pelo seu amor proibido, Oscar Wilde é libertado a 18 de Maio de 1897. Muda-se para França completamente arruinado financeiramente. O retorno à sua carreira literária é uma miragem. Adopta o pseudónimo Sebastian Melmoth como forma de fugir à conotação negativa que o seu verdadeiro nome tem na sociedade. Vicia-se em absinto e muda constantemente de quarto de hotel, para locais cada vez mais degradantes. A 30 de Novembro de 1900 um ataque de meningite é-lhe mortal. Oscar Wilde morre na pobreza e no esquecimento em Paris.
A sua obra genial é doce, visionária e irreverente. Extremamente inteligente e sensível, Wilde legou-nos escritos polvilhados de amor, liberdade e anti-convencionalismos. Tornou-se uma referência literária do século XIX. O Progresso é a realização das Utopias, e Oscar Wilde sabia-o. Ninguém irá preso hoje em dia, numa sociedade civilizada, por amar alguém do mesmo sexo.
Ana Filipa Carvalho
quinta-feira, 26 de julho de 2012
Grande cabrão mês de Agosto
Porreiro era eu ser normal como toda a gente e poder gostar do mês de Agosto. A sério, gostava mesmo até porque faz calor, praia, gajas, esplanadas com os amigos, férias, porque vêm cá amigos/familiares passar férias, porque o tempo convida a saídas, etc. Mas não, não gosto, alias odeio, por causa da puta das festas das aldeias abarrotar com musica Pimba do melhor, para piorar só mesmo os imigrantes com a mania das grandezas! "En France não é assim, hein, c'est super"
Como nasci numa aldeia tenho a enorme infelicidade de viver as festas pimba muito de perto. Sempre me perguntei por que raio é que os Santos fazem anos todos em Agosto, Quem acredita nisso? Eu não.
Muito da maior parte dos meus amigos vivem/viveram em aldeias e são Profissionais a dançar a puta da musica pimba ao som do Quim Caganeiros e da Ágata etc, eu claro sou considerado um estranho; "epah nem dançar sabes, a dançar é que se engatam as gajas". Que fixe para ti seu BIMBO da merda! Mas voltemos ao assunto inicial. Não gosto de festas e principalmente a da minha aldeia que celebra a Nossa Senhora do Ó. Aliás, isto é estúpido porque, supostamente, e segundo o site da Junta de Freguesia, o santo padroeira da aldeia é Santa Barbara que é festejado no final do mês de Setembro (menos rentável). A festa da minha aldeia é a festa típica portuguesa que toda a gente adora mas que eu odeio. E agora, entram as razões pelas quais eu não gosto desta festa. A primeira é uma questão de gosto.
A segunda é uma questão sociológica. Nunca gostei de musica Pimba, é algo que não mexe comigo, nao condeno quem goste, mas a mim nao me diz nada, apenas musica perversa a ser gotejada por um gajo feio. As pessoas das aldeias são por norma muito católicas e quando eu era puto se disse-se um palavrão levava logo uma que até via estrelas, mas em Agosto alguns pagam para ouvir o parvalhão do Quim a ser perverso! Sou incapaz de assistir a este tipo de concertos em que o "chulo" canta em playback, em que o público cola e baba-se em frente à plástica das bailarinas e da cantora e, em que o som está demasiado alto (provavelmente para esconder a mediocridade da actuação). Nem com os copos chego lá, quando sou praticamente obrigado a ir essas merdas tento ficar o mais rapidamente anestesiado. Em termos sociais, não sei dançar nem quero aprender logo sou automaticamente posto de parte por toda a merda, como não costumo ir á missa as pessoas apenas olham mas não falam, acredito vivamente que gozem comigo por isto e por aquilo, mas muito sinceramente tou-me a cagar para esses filhos da puta.
Por outro lado, as pessoas que vejo durante o dia, junto à barraca a assar frangos e a devorar cervejas parecem todos uma cambada de bêbedos. Sinceramente, não me apetece muito parar e socializar com essa cambada de imigrantes e bimbos que só falam em gajas e acham que o dinheiro sai no chocapic. A verdade é que existem habitantes da minha terra que até são inteligentes e vingaram bem na vida, sem ter que ir para o estrangeiro e trabalhar 16 horas por dia, é claro que não têm um Mercedes da ultima geração, mas são felizes. Mas no fundo talvez ate seja eu que seja um estranho e acabei por desabafar para aqui porque há algum tempo que não escrevia neste blog!
Muito da maior parte dos meus amigos vivem/viveram em aldeias e são Profissionais a dançar a puta da musica pimba ao som do Quim Caganeiros e da Ágata etc, eu claro sou considerado um estranho; "epah nem dançar sabes, a dançar é que se engatam as gajas". Que fixe para ti seu BIMBO da merda! Mas voltemos ao assunto inicial. Não gosto de festas e principalmente a da minha aldeia que celebra a Nossa Senhora do Ó. Aliás, isto é estúpido porque, supostamente, e segundo o site da Junta de Freguesia, o santo padroeira da aldeia é Santa Barbara que é festejado no final do mês de Setembro (menos rentável). A festa da minha aldeia é a festa típica portuguesa que toda a gente adora mas que eu odeio. E agora, entram as razões pelas quais eu não gosto desta festa. A primeira é uma questão de gosto.
A segunda é uma questão sociológica. Nunca gostei de musica Pimba, é algo que não mexe comigo, nao condeno quem goste, mas a mim nao me diz nada, apenas musica perversa a ser gotejada por um gajo feio. As pessoas das aldeias são por norma muito católicas e quando eu era puto se disse-se um palavrão levava logo uma que até via estrelas, mas em Agosto alguns pagam para ouvir o parvalhão do Quim a ser perverso! Sou incapaz de assistir a este tipo de concertos em que o "chulo" canta em playback, em que o público cola e baba-se em frente à plástica das bailarinas e da cantora e, em que o som está demasiado alto (provavelmente para esconder a mediocridade da actuação). Nem com os copos chego lá, quando sou praticamente obrigado a ir essas merdas tento ficar o mais rapidamente anestesiado. Em termos sociais, não sei dançar nem quero aprender logo sou automaticamente posto de parte por toda a merda, como não costumo ir á missa as pessoas apenas olham mas não falam, acredito vivamente que gozem comigo por isto e por aquilo, mas muito sinceramente tou-me a cagar para esses filhos da puta.
Por outro lado, as pessoas que vejo durante o dia, junto à barraca a assar frangos e a devorar cervejas parecem todos uma cambada de bêbedos. Sinceramente, não me apetece muito parar e socializar com essa cambada de imigrantes e bimbos que só falam em gajas e acham que o dinheiro sai no chocapic. A verdade é que existem habitantes da minha terra que até são inteligentes e vingaram bem na vida, sem ter que ir para o estrangeiro e trabalhar 16 horas por dia, é claro que não têm um Mercedes da ultima geração, mas são felizes. Mas no fundo talvez ate seja eu que seja um estranho e acabei por desabafar para aqui porque há algum tempo que não escrevia neste blog!
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domingo, 29 de abril de 2012
O universitário

È também muito vulgar o papá emprestar o Mercedes lá de casa porque acredita que o filho é crescido o suficiente para andar dentro dos limites de velocidade, não ingerir álcool, quando na verdade ele chama os amigos dele todos para dentro do raio do
carro para mostrar o quão rápido é a chegar aos 200kh/h, não esquecendo o exagerado álcool já ingerido. Essa merda atinge o ápice nas festas e demais encontros, até porque a melhor forma de adquirir popularidade no ambiente universitário é ir a todas as festas e beber, muito por sinal…. Yeah és o maior mano!!
Não sou um beto nem nada muito parecido eu próprio sou universitário. O que vislumbro é o fato de comportamentos desse tipo estarem incorporados na pequeníssima mente desse pessoal, pois acham que para serem admitidos ou aceites devem adoptar as posturam acima indicadas.
Creio que houve a criação de condutas estereotipadas, as quais se refletem nas festas idiotas feitas a toda a hora: carpe noctem – aproveita a noite. .O pior de tudo é saberes que és um coitado que não têm tomates suficientes para falares com a raparia do lado sem estares bêbado, acreditares que és um coitado por não estares a curtir com o pessoal , sentires-te inferior porque ninguém te vê "puxar conversa"; superficialidade combinada à desilusões e paranoias.
Estás apenas a esquecer anos de educação que os teus pais te tentaram dar, esqueces numa noite o esforço e o suor que o teu pai está a fazer para que tu sejas alguém um dia. Acreditas talvez que terás amigos para toda a vida?! Quando tiveres 30 anos terás um, ou no máximo dois!
Tu estudante universitário de merda que acordas tarde todos os dias, fumas um cigarro ainda deitado na cama enquanto observas o teto branco sobre tua cabeça zonza de sono, o estudante universitário de merda tem que se levantar, tomar um banho quente e vestir uma roupa não tão limpa como gostaria, mas dentro dos padrões estudante-universitário-de-merda-pseudo-hippie-junk-bebado-drogado-com-sono, o estudante universitário de merda vai até a cozinha, diz alguma coisa para os seus amigos, outros estudantes universitários de merda, bebe um café, e vai em busca do conhecimento que tinha que ter adquirido há um mês, mas não adquiriu, porque precisa fazer um trabalho acadêmico de merda sobre a questão do direito trabalhista, o estudante universitário de merda percebe que a coisa não vai ser fácil, pega em cinco livros da universidade de merda em que estuda e sente o peso literal do conhecimento nas suas costas, e um conforto hipócrita por estar a tentar, o estudante universitário de merda ao fim das aulas vai para sua casa num frio sem precedentes, só porque insiste em não vestir mais roupa, porque a roupa actual o faz sentir “cool”.
Cheio de dores no corpo, na cabeça, nariz a escorrer ranho, tosse, lembra-se que tem um milhão de coisas para fazer, amanhã, depois de amanhã, na semana que vem, no mês que vem, na vida que vem, o estudante universitário de merda quer chegar a sua casa, beber uma grande dose de whisky e dormir até tarde, mas não pode, tem que produzir um trabalho acadêmico de merda, ver um filme da moda e aceitar as suas amizades no facebook.
Rikardo
sábado, 3 de setembro de 2011
Ainda sobre a velocidade

Desde que nascemos somos absolutamente fascinados pela idéia de velocidade. São os super-heróis cuja principal característica é a velocidade; são os brinquedos dos parques de diversões, cujo atrativo é a velocidade; são os desportos, muitos deles tendo como objetivo apenas a velocidade. Por que? afinal, tanto deslumbramento pela velocidade?
Lá pela década de 90, aos dez anos de idade, encostada no banco de trás do velho Fiat do meu pai, decidi que gostaria de um dia conduzir. Decidi muito cedo, eu sei. Mas não resisti à cena: o meu velhote com uma das mãos no volante, com o seu braço esquerdo apoiado, folgado na janela, olhava para minha mãe e sorria, enquanto acelerava ao som de algum rock 70. O seu bigode balançava, os cabelos de minha mãe esvoaçavam. Era uma cena bonita, um casal bonito e um carro que corria e me deixava com frio na barriga. Enquanto meu irmão mais novo brincava com um brinquedo qualquer, eu debruçava-me entre os dois bancos dianteiros e ficava observando aquela máquina que fazia com que os nossos cabelos fossem ao sabor do vento. Eu sempre tive uma fascinação por carros, estradas e, principalmente, velocidade.
Fui, também, contaminada pelo gosto do meu pai por Fórmula 1 e Rally. Para além das performances de Ayrton Senna nos Grandes Prêmios, a minha mãe ensinou-me a admirá-lo porque ele era bonito e inteligente. Tudo bem, dizia eu. E os nossos domingos corriam ao som dos pneus do automobilismo. E desde ai, sempre que viajávamos, eu e o meu irmão fingíamos estar dentro dos carros de Senna, aqueles vermelhos e brancos da McLaren, brutal!! E cantávamos a música da vitória com aqueles intermináveis "tam tam tam". Era sempre a mais de 200kmh!
E se velocidade é fascinante para uma criança, para um adulto é ainda mais. O homem não somente quer sentir a variação da posição no espaço em relação ao tempo, mas quer entendê-la e desafiá-la. E é isso o que se tem feito ao longo de décadas. Por meio da ciência e tecnologia busca-se atingir os limites da velocidade, seja por terra, ar ou água. Seja em máquinas tripuladas ou não.
A velocidade de um adulto, a caminhar, é de cerca de 4 km/h. Numa corrida o homem pode atingir até 46 km/h, dizem que sim! Já os carros de Fórmula-1, por exemplo, podem atingir uma velocidade de 360km/h. Alguns engenheiros apontam que, na teoria, estes carros podem chegar a mais de 400km/h. Hoje, temos verdadeiros foguetes horizontais que quebram a barreira do som. É um desafio aos limites do nosso corpo. Mas é também uma forma de poder. É deliciosa e absolutamente tentadora. Mais do que isso: a velocidade integra a relação homem-máquina. É a busca do que há entre nós e a máquina que nós criamos.
Um gajo pode até ter sido um zé ninguem na escola, podia ate ter ficado sempre para ultimo no momento da escolha das equipas, podia usar oculos e levar empurrões dos miudos mais velhos e ate nunca ter tido uma namorada, mas desde o momento em que se ganha o euromilhões, ou se ganha mais de 5000 euros mensais nao se vai comprar um smart, desses que estão na moda, detesto-os, ja vos tinha dito? Eu pelo menos não o fazia! Compra-se sim um BMW ou um Mercedes ou então para parecer ainda mais fashion é um Ferrari, daqueles que nos seduzem só pelo som do motor, daqueles que nos fazem parecer o Leonardo Di Caprio ou a Angelina Jolie, e já ninguem olha para nós pelo que eramos na escola secundaria! Pah é a relidade, o homem e o carro, a maquina passam a ser um só, é como se fizesse parte de nós! E somos os maiores do mundo!!
Dizem que sim!
Já eu continuo por ai, sempre a 30! Talvez um dia ainda chegue aos 200, mas só uma, talvez uma vez! Ou até me deixe destas coisas dos carros e compre um avião a jacto, é, eu gosto de sonhar que sim!
Sejam responsaveis e conduzam com moderação!
Um abraço!
quinta-feira, 1 de setembro de 2011
Ainda sobre ti e para ti

Criei este blog numa altura complicada da minha vida, tinha necessidade em desabafar para o nada quando ninguem me conceguia ouvir, e aqueles que me ouviam nao entendiam o sentido das minhas palavras e dos meus erros que insisto em dar, só porque escrevo demasiado depressa, e secalhar vivo demasiado rapido também.
Hoje sinto-me só tambem, já me senti só inumeras vezes, as vezes estou no meio da multidão e sinto-me só, a ti ja te aconteceu não? Epah é a vida, ha dias assim, dizem-me os que se acham fortes! Outros dizem, vais ver que tudo vai passar, outros ainda; tu és forte e vais ultrapassar tudo isso! Na verdade nao me considero muito forte, dizem-me inumeras coisas, quando na verdade o que eu percisava de ouvir era uma palavra, um toque, um olhar, o que eu percisava agora é de ti, sei que estas quase a chegar daqui a duas horas, mas os minutos tornam-se horas infinitas e são horas tao lentas que não fazes ideia! Quero-te agradecer por tudo. Não só pelo que és mas pelas pequenas coisas fizeram com que a minha vida ficasse cheia de cor!
Cozinhas para mim, e eu adoro a tua comida.
quando me perguntas: sabias que te amo? Sim sei que me amas , mas nunca me canso de ouvir.
Daquele teu ursinho de peluche que me deste naquele dia, que me fez regressar á infancia, á muitos anos que nao abraçava um peluche com tanta força.
O facto de fazeres um esforço para veres os meus filmes preferidos, quando na verdade estas cheia de sono.
Adoro quando me trazes o pacotinho de leite ao sofá.
adoro quando me abraças a meio da noite.
Adoro o facto de conheceres todas as minhas manias e feitios..
Quando te ris da minha ultima piada, daquela muito estupida, sabes? Eu fico contente!!
Quando inventas aquelas canções e as cantas só para mim!
Quando me levas a passear, sabes na verdade nem reparo muito bem por onde passo, porque passo o tempo todo a reparar em ti e maravilhar-me com tudo o que dizes.
E quando me Dizes para levar o casaco porque vou ter frio? Eu achava a minha mae chata por me dizer isso! A ti é o contrario.
Quando te dás ao trabalho de ler os livros que gosto, so porque acho que vais gostar.
Gosto de te escrever bilhetinhos, e gosto ainda mais de ler os teus que me deixas espalhados pela casa fora..
Surpreenderes-me
Beijar-me antes sempre de adormecer, só porque sim, porque nos amamos!
Gosto quando vamos ao rio e me colocas o protector nas costas muito devagar e escreves-me coisas nas costas.
Gosto quando vestes aquela tshirt que te dei para durmir.
Gosto, adoro e amo e amarei, eu sei que sim!
Por fim amo quando guardas aquele teu olhar só para mim
...e muitas outras coisas.
Amar é assim, colocar-te em tudo que sou!
Amo-te Teresa!
Diário de Anne Frank - as polémicas em torno de um clássico

Quando regressou de Auschwitz, Otto Frank soube que fora o único sobrevivente da família e amigos com quem vivera escondido durante dois anos. Segundo o próprio, terá encontrado o diário da filha (na antiga casa) e decidiu publicá-lo pelo seu valor de documento histórico. Mas há quem defenda que o livro que ocupa lugar na estante de quase todos nós pode não ter sido escrito pela mão de Anne Frank.
Em 1947, surgia nas livrarias a primeira edição de um diário que teria sido escrito por uma adolescente judia, Anne Frank, enquanto viveu escondida num anexo de um prédio em Amesterdão, na Segunda Guerra Mundial. Publicado em holandês, sob o título de Het Achterhuis (O anexo), pouco demorou a ser um autêntico êxito de vendas. Sucedeu-se a tradução para inglês, várias edições esgotadas e a adaptação teatral e cinematográfica.
Porém, nos anos 50 houve quem começasse a fazer perguntas, a ter dúvidas e a pôr em causa que fosse realmente Anne Frank a autora do diário. Seria possível nunca ninguém a ter visto escrever? Otto afirmava que a filha o fez às escondidas de todos. E como, com apenas 13 anos, fechada e com acesso limitado à informação, era capaz de tamanhas reflexões filosóficas e descrições sobre a guerra? Claro que isto seria apenas o inicio das “verdades e contradições” do Diário de Anne Frank.
“Mergulhados” num esconderijo
Quando se mudaram para Amesterdão, Otto Frank, criou a sua própria empresa. A “Opekta” vendia especiarias e pectina, usados no fabrico de doces. Em 1940, o nazismo já dominava grande parte da Europa e os ataques e perseguições a judeus não paravam de se repetir. O patriarca tentou então obter vistos para que todos pudessem emigrar rumo ao continente americano. Mas o único que conseguiu (para si mesmo) foi cancelado pouco depois, quando a Alemanha declarou guerra aos Estados Unidos.
A única solução foi passar o negócio aos seus empregados não-judeus e refugiar-se com a família num anexo, nas traseiras do edifício da empresa. Desde Julho de 1942 e durante dois anos, viveram “mergulhados” e constantemente aterrorizados com a possibilidade de serem descobertos. Foi neste período de isolamento que a filha mais nova escreveu um diário.
As confissões de Anne
Anne Frank contava a Kitty, amiga imaginária, o dia-a-dia da sua nova vida. O que acontecia no anexo, as tarefas que partilhava com os outros moradores, as alegrias e zangas que tinha e a esperança de poder sair novamente em liberdade finda a guerra. Segundo Otto, ninguém tinha conhecimento dos seus escritos. A adolescente terá guardado sempre a “sete chaves” o seu segredo - tornado depois público pelo pai.
Em Agosto de 1944, alguém os denunciou. Todos os habitantes do esconderijo foram presos e enviados para campos de concentração na Holanda, e depois Auschwitz. Em Janeiro de 1945, Otto foi salvo pelo exército soviético. Anne morreu em Março, em Bergen-Belsen.
Quando regressou a Amesterdão, Otto fica a saber que fora a único sobrevivente. Ao voltar a casa, descobre entre velhas revistas e jornais um livro de capa dura. Esta é a versão oficial da descoberta do Diário de Anne Frank. Porém, o nome de Miep Gies também está associado a ela. Segundo outra versão, terá sido a holandesa, uma das protectoras da família, a encontrá-lo, e quando oficialmente foi confirmada a morte de Anne tê-lo-á entregue a Otto. Incentivado a trazer a público um verdadeiro testemunho daqueles que sofreram os horrores do Holocausto, decide publicar as confissões da filha.
Ainda nos anos 40, cumpre-se um desejo da menina “Quero continuar a viver depois da minha morte” (escrevia em Abril de 1944). E essa talvez seja a única verdade inquestionável, já que o seu nome é uma das principais referências sobre a II Guerra Mundial.
As teorias sobre o diário
Quanto ao texto que temos na estante de nossas casas ter sido aquilo que Anne realmente escreveu, há muito que divide opiniões. As suspeitas começaram nos anos 50 e o caso acabou mesmo no tribunal. Meyer Levin moveu um processo contra Otto Frank, reclamando os direitos de autor do diário e a falta de pagamento pelo trabalho. O escritor judeu ganhou o caso, tendo o pai de Anne sido condenado a pagar 50.000 dólares.
Na mesma época, especialistas do American Council Letter, do próprio tribunal e grafologistas, analisaram os textos e afirmaram que estes não tinham sido obra da adolescente. Alegavam letra diferente, além de várias passagens estarem escritas com um tipo de caneta esferográfica inventada anos depois. Confrontado com os factos, Otto declarou que não revelou os originais, porque Anne tecia duras criticas à mãe e revelava pormenores demasiado “íntimos” na sua relação com Peter.
O certo é que a história só sairia no “Washington the Spotlight” e no “Le Monde” em 1981. “Uma das maiores fraudes históricas” e “Uma infindável e lucrativa jogada de marketing” são as palavras que o investigador e especialista Robert Faurisson utiliza para classificar o diário.
No reverso da medalha, outras vozes contestam estas provas e alegam que as investigações provaram a autenticidade do livro. Otto Frank deixou indicações de que “os cortes” só poderiam ser revelados após a sua morte. Quando isso aconteceu, em 1980, o Instituto Holandês de Documentação para a Guerra iniciou um processo para provar que Faurisson estava enganado. E conseguiu.

Pouco depois foi publicado o diário na íntegra, juntamente com os estudos realizados. Miep Gies negou durante toda a vida que o livro fosse uma fraude. Durante esses dois anos de cativeiro, argumentou-se, os estudos que fez e a situação por que passava levaram Anne a reflectir mais seriamente sobre tudo, o que justificaria o alcance dos seus textos.
Verdade ou mentira, autêntico ou forjado, o testemunho de uma jovem a quem a vida foi roubada cedo demais, por razões absurdas, vai mais longe que os factos. Anne Frank é apenas um símbolo de milhares de outros adolescentes cheios de sonhos, de dúvidas e questões, que tentaram escapar como podiam a um destino trágico.
segunda-feira, 8 de agosto de 2011
Como descobrir os seus filhos!
retirado do blog do Tolan Barandura)
carlos: olá, então, tudo curtido?
jfl_97: =D lol ya e ctg?
carlos: ya, por aqui também.
jfl_97: o ke?
carlos: por aki também. tens jogado playstation?
jfl_97: yep, oje fiz mega score no cod
carlos: no cod? pois, e não estudaste patavina
jfl_97: WTF não sabes o que é cod? Call of duty dahhh... lol
jfl_97: :| e...? tb jogas ps? cod?
carlos: ya, eu também, fiz mega score hoje mesmo
jfl_97: jogaxte a com que classe?
carlos: 1ª classe eu, sempre
jfl_97: ? sniper, médico, assault?
carlos: sniper, é muita louco.
jfl_97: tb kurto mais o sniper
carlos: olha, tu não sentes vontade de matar os teus colegas não?
carlos: eu às vezes sinto por causa do jogo. se calhar devia jogar menos
jfl_97: fodass taz maluko =D
carlos: e devia estudar mais
jfl_97: lol puto estudar é uma cena ke a mim nao me axiste =D lol lol
carlos: não percebi, os teus pais não te assistem nos estudos?
jfl_97: S tax lerdo man
carlos: se precisares de ajuda nos estudos se calhar devias pedir-lhes ajuda
jfl_97:sao xatos pá sempre a melgar
carlos: eles se calhar estao bem intencionados e tu é que és um preguiçoso
jfl_97: boooring se é pa falar de extudox vou deskonetar puto
carlos: não espera, e drogas, gostas de drogas?
jfl_97: porke perguntas?
carlos: eu... eu gosto muito de drogas. posso arranjar-te drogas, queres?
jfl_97: n sei
carlos: tenho aqui umas ricas drogas, muito loucas, queres?
jfl_97: k drogas?
carlos: drogas espectaculares meu, vais ficar na lua com estas drogas que eu tenho aqui
jfl_97: ya, kero ver isso trax pra eskola
jfl_97: lol a minha mãe tá-se a passar
jfl_97: tá ali no portátil do meu pai e agora amandou um berro
jfl_97: e foi xamar o meu pai
jfl_97: yô carlos?
jfl_97: tás online puto?
jfl_97: tenho de desligar os meus pais vêm aí
P.S: eu cá gosto mais de jogar Pac Man e super Mário!
carlos: olá, então, tudo curtido?
jfl_97: =D lol ya e ctg?
carlos: ya, por aqui também.
jfl_97: o ke?
carlos: por aki também. tens jogado playstation?
jfl_97: yep, oje fiz mega score no cod
carlos: no cod? pois, e não estudaste patavina
jfl_97: WTF não sabes o que é cod? Call of duty dahhh... lol
jfl_97: :| e...? tb jogas ps? cod?
carlos: ya, eu também, fiz mega score hoje mesmo
jfl_97: jogaxte a com que classe?
carlos: 1ª classe eu, sempre
jfl_97: ? sniper, médico, assault?
carlos: sniper, é muita louco.
jfl_97: tb kurto mais o sniper
carlos: olha, tu não sentes vontade de matar os teus colegas não?
carlos: eu às vezes sinto por causa do jogo. se calhar devia jogar menos
jfl_97: fodass taz maluko =D
carlos: e devia estudar mais
jfl_97: lol puto estudar é uma cena ke a mim nao me axiste =D lol lol
carlos: não percebi, os teus pais não te assistem nos estudos?
jfl_97: S tax lerdo man
carlos: se precisares de ajuda nos estudos se calhar devias pedir-lhes ajuda
jfl_97:sao xatos pá sempre a melgar
carlos: eles se calhar estao bem intencionados e tu é que és um preguiçoso
jfl_97: boooring se é pa falar de extudox vou deskonetar puto
carlos: não espera, e drogas, gostas de drogas?
jfl_97: porke perguntas?
carlos: eu... eu gosto muito de drogas. posso arranjar-te drogas, queres?
jfl_97: n sei
carlos: tenho aqui umas ricas drogas, muito loucas, queres?
jfl_97: k drogas?
carlos: drogas espectaculares meu, vais ficar na lua com estas drogas que eu tenho aqui
jfl_97: ya, kero ver isso trax pra eskola
jfl_97: lol a minha mãe tá-se a passar
jfl_97: tá ali no portátil do meu pai e agora amandou um berro
jfl_97: e foi xamar o meu pai
jfl_97: yô carlos?
jfl_97: tás online puto?
jfl_97: tenho de desligar os meus pais vêm aí
P.S: eu cá gosto mais de jogar Pac Man e super Mário!
quarta-feira, 27 de julho de 2011
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Ainda sobre os Felinos

Não se trata de um "endeusamento" dos gatos. Pelo contrário. O eco que transita, sem perder força, é o da subserviência por parte deles. Os cínicos e misteriosos felinos estariam ao nosso serviço por serem meros existencialistas? Os revestidos por uma terna pelagem estariam propensos à obediência? A máxima “dar para receber” faz-nos duvidar, destes seres egoistas mas que não deixamos nunca de amar. Estabelecemos uma relação afetiva, supostamente, mútua. Até o mais cético reconheceria a correspondência por parte deles. Romantistas de noites mal dormidas romperiam com esse mito.
Domesticados, são autenticos poetas que sem expreção facial que observam tudo e todos com o maximo de atenção, são tratados, cuidados, bajulados, e retribuem com desprezo. Felinos são enigmáticos. Divertidos. Por mais equivocado que pareça, não nos dão a mínima bola.
No ínfimo dos cuidadosos e flexíveis rastros, sustentam um detalhado e minucioso estudo sobre a raça humana. E, por vezes, percebo que manifestam uma sensação de perda de tempo. Como se a humanidade fosse um objeto trivial, pífio, fútil, banal, ordinário, vulgar, medíocre – e mais alguns adjetivos refletores da raça humana que nao vou perder tempo em mencionar.
Nossas ciências positivistas, vãs filosofias, artes subjetivas e literaturas líricas devem ser, para eles, uma piada de mal gosto. São inteligentes de mais para perderem tempo com coisas vãs! Às vezes, entre meia e cheia tijela de chá, observo um deles a desatar uma bola de lã. No entanto, acredito que o traiçoeiro está a estruturar uma nova teoria que nos possa ultrapassar, de proporções que Freud com a boca aberta. Algumas bibliotecas empregam gatos. Em troca de ração, eles respeitam o silêncio e atribuem um teor lúdico ao estabelecimento.Exótico: os cautelosos e introspectivos felinos vagueando pelas estantes de livros, recebendo uma ou outra carícia dos leitores.
Termino por aqui a minha opinião sobre estes seres tão inspiradores!
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Fé

Força que nos permite aguentar, acreditar, amar, ser felizes apesar de tudo. A falta dela tira-nos o golpe de asa para percebermos o sentido verdadeiro da vida. Ao contrário do que se pensa, ter fé é muito mais difícil do que não a ter. Dá-nos segurança, felicidade, uma rede para as quedas abruptas que todos experimentamos, mas exige-nos uma entrega total, a dedicação que precisamos para ser humanos, a força de nos fazermos maiores que nós.
ou
Forma de desistir, de deixar de acreditar no aqui para passar a sonhar com um além ilusório. Ter fé é cair na tentação fácil de acreditar numa entidade protectora e paternal que nos protege, mesmo quando não merecemos. Radica na ignorância, na preguiça, na obsessão, na falta de coragem para assumir a falta de sentido ou para assumirmos a necessidade de criarmos um sentido para nós próprios, não uma qualquer doutrina pré-fabricada e formatada por milénios de ilusões.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
sábado, 28 de maio de 2011
Facebookamos
O facebook é assim uma forma de partilhar gostos, ideias, experiências, brincadeiras. Serve para conhecer melhor os nossos amigos, para nos surpreendermos, para trocar boas recordações e para viver em conjunto. Uma forma de sair do nosso pequeno mundo de todos os dias.
ou
Uma forma de nos fingirmos quem não somos. Serve para marcar distâncias e gozar sem ser gozado. Uma feira de vaidades e invejas. Parece que nos aproxima dos outros, mas não nos deixa ver para lá do nosso pequeno mundo de todos os dias.
Eu que andei tantas vezes á porrada na escola, nunca puseram os meus "fights" no facebook!
ou
Uma forma de nos fingirmos quem não somos. Serve para marcar distâncias e gozar sem ser gozado. Uma feira de vaidades e invejas. Parece que nos aproxima dos outros, mas não nos deixa ver para lá do nosso pequeno mundo de todos os dias.
Eu que andei tantas vezes á porrada na escola, nunca puseram os meus "fights" no facebook!
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Live forever!

Still Life: An Allegory of the Vanities of Human Life - Harmen Steenwijk
Ouvi em tempos alguém contar certa história sobre a guerra e sobre como um comandante exortava os seus homens a avançarem com ele em direcção à frente de combate. Usava a seguinte frase: "Que se passa convosco? Querem viver para sempre?" Tinha razão: ninguém vive para sempre... mas gostaria de viver o maior tempo possível. É assim que pensa quase toda a gente, por certo. A morte é o fim da vida, desta vida...
As tartarugas vivem centenas de anos; os cães uma dúzia deles; as moscas algumas semanas apenas. Cada ser vivo tem uma esperança de vida mais ou menos fixa e salvo imprevisto, cumpre-a. No entanto, imprevistos à parte, não há espécie em que a duração do tempo de vida seja tão heterogénea como o ser humano. Quanto tempo devemos viver? Enquanto o corpo aguentar? Enquanto a mente estiver sã? 60 anos? 70, 80 ou 100 anos?
E depois é olharmos para os velhos sentados a verem o tempo passar, a jogarem às cartas, a viajarem em excursões, a verem a sua mente a esvair-se ou, pior, a assistirem lúcidos à traição do seu corpo. Falam constantemente do passado porque já não conseguem viver o presente. Para alguns há tanta coisa para fazer e para aprender que o tempo parece não chegar - quanto mais alto se sobe mais a vista alcança; outros julgam que já aprenderam tudo e passam o resto da vida a falar das mesmas coisas, de coisas que já lá vão. Sei bem o que digo.
Nas culturas não ocidentais a morte sempre fez parte da vida e por isso sempre foi encarada de um modo diferente. Para os Samurais, por exemplo, morrer em combate era um fim sublime - acabar no apogeu da vida, na perfeição; evitar o espectáculo triste do atleta em fim de carreira que se arrasta até mais não poder para acabar numa retirada humilhante. E, sendo assim, já que sabemos que não vivemos para sempre, como os Deuses, porque não podemos escolher quanto tempo queremos viver? Feitas as contas, se calhar a esperança média de vida não sairia muito diferente...
As lucubrações fantasiosas que me levaram a escrever este post ocorreram-me ao ouvir
The Queen - Who wants to live forever? como diria Bocage, me senti mais pachorrento...
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