sábado, 10 de novembro de 2018

Este blog...
Este antro, já foi um local que me prendia horas a construir o que nunca foi mas que ambicionava ser.
Foi criado numa altura difícil para mim. Lí algures, nos poucos livros a que tinha acesso na altura, que as melhores obras de arte, independentemente quais sejam, são escritas em momentos de tristeza, nostalgia, ou melancolia.
Passado muito tempo, fui deixando de parte. Outros interesses se levantaram, deixei talvez de ser criativo e passei a ser mais racional.
Escrevi passado 1 anos um post, que meia dúzia de pessoas viram.
Passaram depois 3 anos e escrevi sobre a 1º Guerra Mundial, o momento fez-me recordar o meu bisavô que nunca conheci mas que combateu em França.
Passado algum tempo, encontro-me numa fase menos boa. E que tal dar uma vista de olhos no Blog?
Bons tempos, esboço um sorriso tímido.

Assumo que alguns textos foram mesmo escrito com o coração.
Esta fase do ano do Inverno, era por normal, a que eu mais gostava. Lembro-me que durante a minha infância e juventude, no trabalho arduo do campo, a noite chegava mais cedo por volta das 17h estávamos em casa á volta da fogueira. E saber que de Verão a essa hora ainda estávamos a trabalhar no calor escaldante de Trás os Montes. Adorava o Inverno.
Ainda gosto, á uma atmosfera no ar, que me deixa desligado do ser.
Mas que raio estou a escrever, a tentar encontrar palavras profundas? quando nem forças tenho para escavar.?

Estou mais que morto por dentro. Sem eu querer e sem esperar a vida caiu-me com todo o seu peso em cima. Tudo me doí, até a alma. Pesadelos abraçam-me durante estas noites frias, tento asfixia los com a almofada, nada resulta.
O tempo? Esse demora a vir, quando vêm já é de manhã.
Penso nos que já partiram! vidas mais difícil que esta, e nunca se queixaram. Talvez seja eu, fraco. Acho que sim. Toda a vida acreditar que batia de peito com a vida e a destroçava num sopro, afinal não, é ela que me destroça quando os dias são frios e escuros.

Pensa em tudo que já passaste. Lembra-te quem és! De onde vens! Tu és mais forte, diz uma voz dentro de mim, muito ao fundo, mal a consigo ouvir. Morro todos os dias, afogando-me em lágrimas que teimam em não sair.
Que vida a minha! Que será? Nunca quis mal a ninguém, se o fiz foi sem querer. Dobram-se os pregos que me prendem á razão. Seu impostor!! grita a escuridão
Já vezes sem conta tive esta sensação, mas nunca com esta idade, já perto dos 30. Recordo com saudade o meu baloiço na cerejeira do meu pai, aos fins de tarde de verão a comer um bocado de pão caseiro com manteiga. Que bom era ser criança, era feliz e nem sabia.
Só me preocupava com as bofetadas da professora Helena. Rezava todas as minhas oraçoes, e nem assim ela faltou um único dia.

Hoje, já homem, os problemas pesam cada vez mais, rangem as dobradiças da alma, gozam-me os corvos que passam em bando, enquanto olho para o infinito céu e fecho os olhos. Que Deus, me ajude, nesta hora! Perdoa-me meu divino senhor, só me lembro de ti, nos momentos de aflição.
Cai um relampago bem longe no horizonte, o caminho faz-se dificil, cada vez mais.
Só espero que um dia venha silenciar as vozes dos não crentes em mim. Depois da tempestade, irei cantar triunfante mais alto que um trovão no meu cavalo branco igual ao de Napoleão.

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