sexta-feira, 1 de abril de 2011

Caty




Este texto pode ser grande o suficiente para lhe dar caimbras cerebrais!
Por favor se acha que isso pode vir acontecer não leia, faça coisas mais intersantes!

A Catarina ou caty como era tratada era a menina mais querida da família, era traquina porém ninguém era incapaz de se deixar render á sua inocência. Era primavera mas o calor já se fazia sentir estava na casa dos seus avós na aldeia a lanchar com os primos mais velhos e com o seu melhor amigo de infância, o Artur e esconderam-se da mãe na cave. Riram baixinho e taparam a boca com as mãos um do outro para não serem descobertos.Na cidade era tudo muito aborrecido ate porque não tinha um quintal grande para brincar, já para não falr do facto que teria de ficar longe do seu melhor amigo. Escondeu a cara no peito do Artur, que a abraçou timidamente enquanto ela sorria. A porta abriu e fez um rugido.

Mãe-Caty!! Onde estas? Já me fartei de chamar por ti!Anda...o teu pai já está no carro à espera e está sem paciência para as tuas brincadeiras!
Caty-Ooooh mãma...Deixa-me ficar cá hoje por favor! Eu não tenho aulas amanhã! Oh,por favor,por favor!

Depois de alguns minutos a tentar convencer a mãe,remexendo o seu vestido as cores com timidez, conseguiu finalmente o que queria. Esboçou novamente um sorriso, ajeitou as tranças e a flor amarelal do cabelo e desatou a correr pelo jardim fora.

Caty- Gosto muito de ti mãma!Eu porto-me bem,juro!
Mãe-Assim o espero...Não dês dores de cabeça à tua avó nem aos teus tios! Venho buscar-te no domingo.

Ainda lhe pediu um ultimo beijo antes de ir embora, mas Caty andava tão entretida que não ligou aos chamamentos da mãe. Acenou-lhe com o carro em movimento e ela retribui. Os pais do Artur chamaram-no no cair da noite. Tinha de ir jantar a casa, mas combinaram que se iam encontrar no dia seguinte de manhã cedo no sitio do costume, na fonte de pedra onde iam sempre brincar.

Sentou-se à mesa com os avós e com os tios que viviam no estrangeiro. Naquele dia a avó tinha feito um bolo de morango e chantilly que a Flora adorava. Comeu apressadamente como sempre e fez questão de sair da mesa dizendo: com licença
Sentou-se no sofá mas consigo trouxe o prato com o bolo. Colocou-o ao colo e começou a comer com as mãos lambendo os dedos de vez em quando.

Avó- Que menina gulosa...No domingo vou fazer um para levares embora, queres?
Caty-Quero sim !E com massa de chocolate avó, pode ser?
Avó-Ainda por cima com chocolate! Está bem filhota ,a avó faz...e afinal o que é que a avó não faz por esta cara linda? -

Lambeu uma ultima vez os dedos com o chantilly e trincou os suculentos morangos e depois limpou as mãos ao vestido, sob o olhar atento de um tio por afinidade.
No final do jantar, todos quiseram sair. Iam sempre ao mesmo café há anos e a Caty por norma também ia. Ganhava sempre um gelado e brincava com os amigos no exterior do café .Nesse dia não quis ir porque preferiu ver os morangos com açúcar. O tio, disse que ficava em casa também e que fazia companhia à pequena Caty.
Ela riu-se e encolheu os ombros. Achava que já era crescida o suficiente para não precisar de companhia, e além disso, os pais deixavam-na sozinha imensas vezes em casa.
Bateram a porta o tio ficou na janela ver e os carros arrancarem enquanto bebia o seu whisky.
Debruçou-se sobre a mesa novamente e pegou em mais uma fatia de bolo.
O tio, Bernardo, roubou-lhe o prato e disse que ela ia ficar gorda.Com o nariz empinado mandou-o calar, tapando-lhe a boca e tentou roubar-lhe o prato.

Bernardo-Dou-te o bolo se deixares de ter esse mau feitio e me deres um beijo.
Caty-Err, és mesmo seca tio...Está bem,eu dou – dando um suspiro logo de seguida




Deu-lhe um beijo apressado na cara e estendeu a mão pedindo o prato de volta.

Caty-Estava a ver que ia ter de falar mal de ti à minha tia...
Bernardo-Mal de mim?Ora essa Catyzinha...Sempre te tratei tão bem. Tu és tão bonita...e querida. Teimosa ,é certo, mas muito querida.

A Caty sorriu e não lhe respondeu, continuou a comer e abanar as pernas enquanto os seus olhos estavam postos na televisão e a sua mão levava os pedaços de bolo à boca. Descalçou os sapatos e deitou-se no sofá. Estava com calor.O Bernardo aproximou-se e pediu-lhe para se afastar pois queria deitar-se também.
Embora tenha feito má cara, cedeu ao pedido dele. Estava de calções apenas e sem t-shirt, encostado ao frágil corpo dela, de 12 anos apenas.
A Caty começou a ficar com algum sono e começou a semicerrar os olhos...Muito sono. Adormecia com facilidade na altura. O Bernardo passava-lhe a mão no cabelo suavemente e Caty sorria de olhos fechados, embalada pela sua mão. A ponta dos dedos iam descendo pelo pescoço e pelos braços. Os dedos continuavam a passear pelo seu corpo, até chegarem ao seu peito.
Sentiu-se nervosa. Não percebeu o que é que ele estava a fazer.

Bernardo- Não usas soutien Caty?

Ela afastou-se e disse que não. Ainda não tinha peito suficiente para usar soutien. Admitiu-o envergonhada e com o rosto vermelho.

Bernardo- Não precisas de ter vergonha querida.Ainda és nova.E já tens o periodo?
Caty-Eu?Bem...eu...
Bernardo-Não tenhas vergonha! Isso é uma coisa natural.Já tens o periodo?
Caty-Não,não tenho.As minhas amigas já,mas eu ainda não tenho.

O seu rosto ficou ainda mais vermelho. Sentiu-se ridícula por ainda não ter período nem sequer usar soutien.

Bernardo- E namorado, tens?
Caty-Eu não...Alguns rapazes gostam de mim mas eu não gosto deles.
Bernardo-A sério?Mas devias!Não gostas de dar beijinhos?Beijar é tão bom.
Caty-Sim,gosto.Mas há outras coisas que gosto mais de fazer.
Bernardo-Caty,já que estamos aqui sozinhos,eu vou-te ensinar algumas coisas.Eu sei que tu de certeza que pensas em sexo,não pensas?Aposto que gostas que te metam a mão aqui...

Levantou-lhe o vestido e sem pedir licença colocou-lhe os dedos na vagina, movendo-os para cima e para baixo, enquanto lhe beijava o pescoço.
Caty ficou sem reacção durante alguns segundos, enquanto aquela mão abusava dela. Não sabia o que fazer. Na verdade, estava a gostar. Sentiu-se excitada com os movimentos mas incomodada.

Bernardo-Vês como gostas sua putinha?Deixas-me cheio de tesão sabias? .Esse teu ar frágil e cara de boneca dão-me vontade de te beijar.

Ela continuava sem palavras e começou a engolir saliva. Apeteceu-lhe fugir, gritar, que aquele momento não fosse verdade porque era tudo tão irreal e estranho, mas as palavras traíram-na.
Pegou nela ao colo e levou-a para o quarto. Trancou todas as portas da casa, incluindo a do quarto, para evitar a chegada inesperada dos familiares.
Agarrou-a pelos pulsos e deitou-se em cima dela, sem roupa, roçando-se nas cuecas dela e beijando-a.

Caty-Larga-me tio! O que é que estás a fazer? Eu não quero,larga-me!!
Bernardo-Cala-te!Fala baixo!Eu sei que tu queres,Caty!Tu não passas de uma putinha provocadora,com esses vestidinhos curtos!
Caty-Eu não provoquei ninguém tio! – começou a chorar -Larga-me que eu vou gritar!

Deu-lhe um estalo na cara com força para a calar, e nesse momento ela percebeu que algo muito mau estava mesmo acontecer. Começou a chorar até ficar sufocada! Pedia-lhe vezes sem conta para a deixar sair e que nem contava nada a ninguém, mas implorava-lhe para a deixar ir embora dali.
Tirou-lhe o vestido e beijou-lhe o corpo todo, enquanto ela tentava afastar a cabeça do seu corpo. Tinha nojo dele, mas não adiantava. Agarrava-a pelos braços e fazia o que queria.Mordia-lhe o clitóris até ela sentir dor e cuspia-lhe em cima.

Caty-Por favor Bernardo...Por favor...Pára...Eu não quero!Eu não quero,tio Bernardo...

“Shhhhh” ,sussurou-lhe ao ouvido,enquanto lhe tirava a flor amarela do cabelo. Atirou a flor para o chão, onde estava o vestido.Caty virou-lhe a cara,declinando os beijos.
Bernardo-Eu prometo que nem dói.
Caty-Eu sou virgem...Não me faças isto,eu imploro-te!Eu tenho medo...

Ela gritava até as veias ficarem salientes, mas rapidamente os seus gritos eram asfixiados pela mão dele. E embora ela o mordesse uma ou outra vez, um estalo com força era suficiente para a acalmar.
Penetrou-a sem qualquer cuidado, como se a Caty não fosse virgem e estivesse habituada a fazer sexo. Sentiu uma dor insuportável e ficou tonta, com vómitos...Sempre que ficava nervosa o estômago ressentia-se. Vomitou no chão e ele não a deixou em paz. Agarrou-a pelos cabelos e voltou a deitá-la na cama.

Bernardo-Eu juro-te sua puta,que se me voltas a morder, bater, gritar ou vomitar...eu mato-te sua grande vaca!Eu esfaqueio-te toda e deito os teus pedaços na panela.
Caty a chorar- O que é que eu te fiz...? – continuava ela a questionar-se com a cara molhada de lágrimas
Cravou-lhe as unhas na cara e deu-lhe um último aviso.
Bernardo - Pára de chorar! Estás a irritar-me, caralho!
Tirou a fronha da almofada e enrolou-a à volta da boca,dando um nó apertado.A tia da CAty ligou para o telemóvel. Naquele momento, ela teve uma esperança. Alguém ia chegar e ia tirá-la dali. Mas não. Estava apenas a avisá-lo de que iam chegar tarde, pois ainda iam a casa de uns amigos. Quando percebeu isto, desejou morrer. Desejou ter ido embora com a mãe e não ter sido teimosa.

Deitou-se sobre ela novamente e ela resolveu desistir.Fazer de conta que era só um pesadelo. Virou a cara para o lado esquerdo da cama... ficou a observar o seu vestido branco e a flor azul sobre ele. Os gemidos e a respiração quente assombrava o seu ouvido mas tentou pensar naquele momento em algo bom, distrair-se até ele ficar satisfeito com o seu corpo. Pensou na fonte onde brincava, nos dias de sol no recreio, no abraço do Artur na cave, mas nada a fazia abstrair-se. Sentiu algo quente dentro do seu corpo e um último gemido intenso sobre o seu pescoço. Depois destapou-lhe a boca.
Mandou-a tomar um banho e limpar o vomitado do chão imediatamente,caso contrário ele ia fazer com que toda a família a odiasse, porque ele dizia que ela era puta. E se a Caty ousasse contar alguma coisa a alguém, ele matava-a.
O seu corpo tremia como se estivesse nua no pólo norte e tinha dores intensas no útero. Limpou o chão e tomou banho e ele ficou a observar. Deitou-se na cama onde dormia sempre ,na posição fetal agarrada a uma almofada, cheia de dores, não conceguia parar de chorar. Tremia,não tinha sono, sentia-se asquerosa e suja...Por mais que tivesse esfregado o corpo, parecia que o cheiro do tio Bernardo ainda estava alojado na sua pele.
No dia seguinte, não falou com ninguém e o Bernardo disse-lhe:”bom dia, Caty!”,sorridente ,como se nada tivesse acontecido. Pegou num pão que estava em cima da mesa, correu para a bicicleta e foi ter à fonte. O Artur não apareceu. Tinha feito alguma asneira no dia anterior e estava de castigo. Não vou voltou para casa dos avós. Passou o dia inteiro perto da fonte, a chorar e a ganhar coragem para voltar. Durante semanas e meses, deixou de falar e de sorrir... E nunca mais foi a mesma…

20 anos depois, a Caty vai licensiou-se em Educação Social e veio a encontrar o Bernardo e imaginem, ironia do destino, numa festa de crianças, onde os balões rosa vão estar espalhados pela casa, borboletas, princesas, palhaços e risos ingénuos.
Talvez ela se cale mais uma vez.
Talvez não se cale.
Talvez beba dois copos a mais e acabe com o casamento dele, da mesma forma que ele acabou com ela.

(Continua)

2 comentários:

  1. em expectativa para a continuaçao, impressionante como sempre!

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  2. Trazes uma alegria triste, um desejo não sei mais do que, que esta impregnada nas paredes do teu blogger, na musica que surge introspectiva.
    Gostei, gosto deste ar nostálgico, esta vontade de abortar o hoje, e ao mesmo tempo desejo o amanha como registro do hoje.
    gostei e voltarei
    abraços

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