
È também muito vulgar o papá emprestar o Mercedes lá de casa porque acredita que o filho é crescido o suficiente para andar dentro dos limites de velocidade, não ingerir álcool, quando na verdade ele chama os amigos dele todos para dentro do raio do
carro para mostrar o quão rápido é a chegar aos 200kh/h, não esquecendo o exagerado álcool já ingerido. Essa merda atinge o ápice nas festas e demais encontros, até porque a melhor forma de adquirir popularidade no ambiente universitário é ir a todas as festas e beber, muito por sinal…. Yeah és o maior mano!!
Não sou um beto nem nada muito parecido eu próprio sou universitário. O que vislumbro é o fato de comportamentos desse tipo estarem incorporados na pequeníssima mente desse pessoal, pois acham que para serem admitidos ou aceites devem adoptar as posturam acima indicadas.
Creio que houve a criação de condutas estereotipadas, as quais se refletem nas festas idiotas feitas a toda a hora: carpe noctem – aproveita a noite. .O pior de tudo é saberes que és um coitado que não têm tomates suficientes para falares com a raparia do lado sem estares bêbado, acreditares que és um coitado por não estares a curtir com o pessoal , sentires-te inferior porque ninguém te vê "puxar conversa"; superficialidade combinada à desilusões e paranoias.
Estás apenas a esquecer anos de educação que os teus pais te tentaram dar, esqueces numa noite o esforço e o suor que o teu pai está a fazer para que tu sejas alguém um dia. Acreditas talvez que terás amigos para toda a vida?! Quando tiveres 30 anos terás um, ou no máximo dois!
Tu estudante universitário de merda que acordas tarde todos os dias, fumas um cigarro ainda deitado na cama enquanto observas o teto branco sobre tua cabeça zonza de sono, o estudante universitário de merda tem que se levantar, tomar um banho quente e vestir uma roupa não tão limpa como gostaria, mas dentro dos padrões estudante-universitário-de-merda-pseudo-hippie-junk-bebado-drogado-com-sono, o estudante universitário de merda vai até a cozinha, diz alguma coisa para os seus amigos, outros estudantes universitários de merda, bebe um café, e vai em busca do conhecimento que tinha que ter adquirido há um mês, mas não adquiriu, porque precisa fazer um trabalho acadêmico de merda sobre a questão do direito trabalhista, o estudante universitário de merda percebe que a coisa não vai ser fácil, pega em cinco livros da universidade de merda em que estuda e sente o peso literal do conhecimento nas suas costas, e um conforto hipócrita por estar a tentar, o estudante universitário de merda ao fim das aulas vai para sua casa num frio sem precedentes, só porque insiste em não vestir mais roupa, porque a roupa actual o faz sentir “cool”.
Cheio de dores no corpo, na cabeça, nariz a escorrer ranho, tosse, lembra-se que tem um milhão de coisas para fazer, amanhã, depois de amanhã, na semana que vem, no mês que vem, na vida que vem, o estudante universitário de merda quer chegar a sua casa, beber uma grande dose de whisky e dormir até tarde, mas não pode, tem que produzir um trabalho acadêmico de merda, ver um filme da moda e aceitar as suas amizades no facebook.
Rikardo